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Andre Pinheiro, Advogado
Andre Pinheiro
Comentário · há 8 anos
Estados Panopticos, policiais por excelência, nos lembram as técnicas usadas por Roland Freisler na condução de seus processos, a ridicularização intimidatória, a chantagem, a seletividade e todos os absurdos que um estado policialesco degenerado pode causar a vida dos cidadãos. Expor a presidente, os advogados, familiares do investigado é brutalmente avassalador, não a toa a CF estabelece que a pena não pode passar da pessoa do acusado. A técnica de usar familiares como método atingir a moral e a psique do réu é uma forma de tortura severa que foi banida pelo Estado de Direito com a consolidação das garantias fundamentais. O recado dado a todos os réus é que nem a chefe da nação está livre da sanha punitiva e que todos podem ser desnudados seletivamente ao talante do detentor da informação. E isso é chantagem, que de certa forma pode até ser utilitarista, mas por outro lado colocará o cidadão brasileiro a mercê de cartilhas policialescas. Ora se há vantagem do panoptismo, estilo minority report, é dar elucidação aos crimes, a desvantagem é que acaba gerando um poder autoritário para o detentor da informação panoptica. O Estado Policialesco deteriorado, não só elucida crimes, muitas vezes ao contrário, chantageia, humilha, forja os crimes, , abusa da seletividade e usa essa informação para adquirir mais poderes, riquezas e se torna insustentavelmente autoritário. Parece que o Direito Penal Garantista do Mendes bonzinho tenha encerrado seu ciclo para o um Direito Penal Utilitarista que se demonstra eficiente, mas quem deterá esse poder?
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Andre Pinheiro, Advogado
Andre Pinheiro
Comentário · há 8 anos
Oh céus!! As pessoas estão passando fome, estão sem saúde, existe seca no Nordeste e agora o comentarista descobriu isso??? Quase fiquei comovido com a sincera preocupação. E a partir dos graves sociais que acompanham esse país desde 1500 o comentarista acredita que tudo pode? Ironias a parte, os erros jurídicos são tão primários e absurdos que só podem denotar câncer no cérebro. Até porque tentar resumir a gravidade das situações como se a saída fosse escolher entre o crime praticado pelo juiz Moro e o crime dos corruptos e corruptores é de uma primariedade intelectual sem precedentes.
É possível avaliar a fraude de tentar tornar o ex-presidente ministro sem prejudicar o absurdo cometido pelo juiz Moro. O recado que ele deu para sociedade é que ninguém está livre de um juiz que detenha conversa privadas, e que este por vontade própria pode colocar para o domínio público fatos privativos.
Ora como advogado por vezes ouvi confissões escabrosas de meus clientes, mas não posso e nem tenho interesse que eu ou um juiz pantoptótico as torne públicas. Nem o meu pedido de pizza pode ser tornado público.
O articulista talvez na sua ambição correta de ver corruptos presos, esteja limitando a própria intelectualidade, e desconheça que o estado policialesco governa através da chantagem e da ridicularização. Pois o poder fica adstrito nas mãos de quem detém o panoptismo. E este por deter as informações escolhe quem deve ou não deve ir para fogueira.
Se é de interesse público, as conversas do Cunha , da esposa do Cunha não foram reveladas, e essas seriam de igual interesse público.
Os Estados policialescos não são considerados perigosos por desvendarem crimes, ao contrário, se fosse isso não haveria por que teme-los, o Estado policialescos aproveitam no conhecimento pantoptótico para incriminar e acovardar o cidadão. O Estado policialesco a autoridade escolhe quem vai ou quem não vai para fogueira.
Crime não é definido pela opinião pública, somente um operador de direito ignóbil teria essa opinião, o crime é julgado por aquele que estudou todos aspectos do crime e que detenha a competência para julgar determinado crime.
No Estado de Direito não é o povo democraticamente que julga o que é ou não crime.
Mas enfim, explicar isso tá ficando tão infantil, ainda mais a julgar pela idade e experiência do comentarista, que vou encerrar por aqui.
De forma que sim, acredito que houve desvio de finalidade na promoção do Lula e que os que cometeram crimes devem ser julgados e condenados e que o juiz Moro cometeu crime ao divulgar para a patuléia .
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Andre Pinheiro, Advogado
Andre Pinheiro
Comentário · há 8 anos
Estados Panopticos conduzem e coagem através da chantagem, a ideia não era só desnudar o Executivo, mas mandar um recado para todos os demais envolvidos na lama da Lava Jato.
A chantagem e a seletividade são os meios de controle para o autoritarismo militar/policial. As provas não são meio hábil para a conclusão, ao contrário, as pré-definições são traçadas previamente e as provas são o fim para dar sustentáculo ao previamente delineado.
É muito difícil delinear a imperatividade dos direitos humanos e democráticos sem se colocar entre o jus puniendi do Estado e os eventuais transgressores, correndo o risco pusilânime de ser condenado e acusado de defender o deletério.
A formação ativista não é somente jurídica, fundiu-se em um único quadro, polícia, Ministério Público e Juiz que claramente trabalham em equipe, quando na verdade, este último deveria se manter o mais distante e ventilado para não correr o risco de ser inquisidor do próprio julgamento.
Em Estados Panopticos, quem detém o poder da escuta governa, a base superior representativa foi pega com a calça curta, o STF e STJ são acusados de servis, o TRF4 está em silêncio, há uma inversão hierárquica no judiciário.
Os dossiês estão prontos, os crimes foram cometidos, e os poderes representativos se curvaram para o fim da democracia.
A premissa que todos tem algo a esconder é verdadeira e agora mantém nossas instituições acuadas. A divulgação da escuta não é uma punição a traquinagem do Lula e da Dilma, vai muito além disso, é um claro aviso que tudo a qualquer momento pode vazar seletivamente de acordo com a pretensão do detentor das informações.
A citação do Aécio não pode ser comemorada como paridade e impessoalidade nas investigações, para o estado panoptico, pós revolução digital, é um claro recado para que o futuro mandante deste país, saiba quem manda
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